Diante da crescente competitividade do mercado, muitas empresas buscam pesquisas inovadoras que visam a sobrevivência e a melhoria nos processos internos. Um deles é o milk run, um sistema que acelera os fluxos no ciclo produtivo, buscando a integração entre logística e cadeia de suprimentos.
Esse procedimento, geralmente, é utilizado por indústrias do setor automotivo que têm como base o sistema just in time. Ou seja, aquele que propõe a redução de custos, com alta performance e entregas dentro do prazo. Para saber mais sobre o milk run e suas vantagens e desvantagens, continue nos acompanhando.
O que é milk run?
No início do século 20, os distribuidores de leite desenvolveram um método para economizar no transporte de mercadoria das fazendas para as envasadoras. Nesse recurso, em vez de o produtor levar seu produto, o que aumentava o preço devido ao frete, as cooperativas coletavam a demanda, reduzindo o custo.
Para agilizar o trabalho, uma carroça passava em todos os produtores, recolhendo latas de leite padronizadas. Dessa forma, podiam trocar as latas vazias pelas cheias com qualquer fabricante que estivesse no caminho da rota prevista.
Com o passar dos anos, o milk run se aprimorou para fazer uma melhor ligação da cadeia logística por meio de rotas programadas. Essa estratégia tornou possível a redução na quantidade de caminhões durante as entregas de grandes lotes, otimizando a demanda e o número de viagens.
Como funciona o sistema milk run?
Agora que você já sabe o que é milk run, o próximo passo é entender quais os principais tipos de aplicação dessa técnica. Embora seu surgimento tenha partido de indústrias no segmento leiteiro, ela é muito utilizada no setor automobilístico, aeronáutico, naval e tecnológico.
Isso porque seu sistema conta com um único meio de transporte para realizar a coleta dos materiais em cada um dos pontos planejados na roteirização da frota. Nessa etapa, também são definidos os trajetos e os horários, que devem ser respeitados sempre.
Diferentemente dos métodos tradicionais, em que o fornecedor é o responsável pela entrega da carga ao cliente, o processo milk run deixa uma mercadoria e leva outra. Assim, a empresa economiza nos gastos com o transporte.
Contudo, esse não é o único objetivo do projeto, já que ele visa o controle sobre as cargas em trânsito e a redução no nível de estoque. Outros pontos a serem considerados são a uniformização de volume nos produtos recebidos e a agilidade no carregamento e descarregamento.
Por que utilizar o milk run?
Já entendeu o que é milk run na logística, mas ainda não sabe como ele pode impulsionar seu negócio? Vamos explicar! Caso sua empresa seja prestadora de serviços, cabe a você buscar soluções que ofereçam transporte de qualidade ao cliente. É nesse contexto que o MR entra!
Nesse processo, ao invés de esperar que os fornecedores enviem os produtos um a um, em períodos espaçados, cria-se uma logística de entrega e coleta. Com ela, aproveita-se o mesmo veículo de viagem para realizar as tarefas tanto na ida quanto na volta.
O método também diminui o acúmulo de itens no cliente, ajudando-o na organização interna e suprindo suas necessidades com uma consolidação de cargas eficiente. Para fazer a avaliação de forma ainda mais precisa, confira abaixo uma lista de prós e contras sobre o MR.
Vantagens para a transportadora
As vantagens do milk run nas empresas brasileiras podem ser sentidas logo após sua implementação. Veja abaixo quais são as principais:
- Diminuição de carregamentos inativos;
- Redução no índice de avarias;
- Flexibilização e agilidade;
- Predefinição de roteiros,
- Aproveitamento de espaço para a solidificação de cargas.
Desvantagens para a transportadora
Antes da implementação do sistema, é importante averiguar algumas questões para evitar problemas futuros com fornecedores e clientes. Entre elas estão:
- Necessidade de sincronia entre os fornecedores e as demandas do cliente;
- Possibilidade de perda de credibilidade com os produtores,
- Comprometimento com todas as etapas do milk run, evitando atrasos na disponibilização de insumos e na fabricação de produtos.
Quais são os pré-requisitos para aplicar a técnica?
Apesar de todas essas vantagens, fazer um planejamento estratégico, como o alinhamento de demanda entre a fábrica e o cliente, é essencial. Assim, todos ficam sincronizados, evitando paradas por falta de materiais ou viagens em excesso.
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