Cada vez mais a energia elétrica vem se tornando crucial em nossas vidas. Afinal, é por meio dela que conseguimos exercer diversas atividades, seja para lazer ou trabalho. Mas você sabe como a transmissão de energia elétrica é feita para que ela possa chegar nas tomadas da sua casa?
Países com grandes proporções territoriais, como o Brasil, geralmente têm grandes geradores, como as hidrelétricas, longe de seus consumidores. Para fazer o transporte de energia elétrica são necessárias linhas de transmissão, que percorrem milhares de quilômetros para chegar às cidades.
A transmissão de energia elétrica é dividida em duas etapas: a transmissão para grandes centros e a distribuição, que é usada dentro dos centros urbanos. Para saber mais sobre esse assunto e conhecer as diferentes formas de transmissão, continue nos acompanhando!
A guerra das correntes
No final do século XIX, duas personalidades importantes participaram de um debate sobre como seria transmitida a energia elétrica. De um lado estava Nikola Tesla, que junto com George Westinghouse defendia o uso da corrente alternada. Do outro estava Thomas Edison, que defendia a corrente contínua.
Como Edison não queria perder seu monopólio, ele defendia a corrente contínua com base nos riscos que a corrente alternada poderia oferecer. Por outro lado, Tesla apoiava a ideia da corrente alternada, devido à facilidade na alteração dos níveis de tensão, por meio do uso de transformadores.
A vencedora desse conflito foi a corrente alternada, que com o passar dos anos se tornou a mais utilizada na transmissão e distribuição de energia elétrica.
Transmissão em corrente alternada
Além de inventor, Tesla também era físico e engenheiro, o que lhe ajudou a criar uma base teórica para sistemas polifásicos de transmissão de energia elétrica. Dentre suas criações, o mais utilizado é o sistema trifásico, que consiste em três condutores de corrente de mesma frequência e amplitude.
Outra vantagem desse sistema é a economia, já que mesmo com pouco material condutor, ele consegue fazer a transmissão com a mesma quantidade de energia. Vale lembrar que os geradores trifásicos são menores e mais leves que os monofásicos, por contarem com maior eficiência em seus rolamentos.
O motor trifásico também é menor que seu equivalente monofásico de mesma potência. Ele não precisa de um circuito de partida, pois tem um campo girante constante. Além disso, o torque (alavanca) dos motores é consistente, gerando menos vibrações.
Os retificadores trifásicos também têm menos ondulações na tensão retificada que os monofásicos. A potência desse sistema é constante num sistema equilibrado, enquanto na versão monofásica ela se anula sempre que a corrente ou a tensão passam pelo zero.
Transmissão de corrente contínua
Desde a década de 1970 há um movimento para aumentar o desenvolvimento da eletrônica de potência. Foi através desses estudos que o transporte e distribuição de energia elétrica, por meio da corrente contínua de alta tensão (CCAT), se tornou uma possibilidade.
Para fazer essa ligação elétrica, alguns limites físicos precisam ser levados em conta, como a rede de transmissão de energia elétrica de corrente contínua. Isso porque, por meio dela, é possível usar uma corrente contínua de alta tensão na transmissão de grandes blocos de energia elétrica.
A conversão entre corrente contínua e corrente alternada (utilizada para elevar a tensão e reduzir a corrente elétrica), é realizada por meio de retificadores utilizando semicondutores de alta tensão.
O uso do CAAT (ou HVDC, em inglês) provê uma série de vantagens, como o desacoplamento de sistemas e a economia de cabos, optando por estruturas mais leves. Essa transmissão pode ser dividida de forma unipolar, com um condutor, ou bipolar, com dois condutores.
Transmissão de energia elétrica no Brasil
No Brasil, existem duas linhas CAAT: a de Belo Monte e a de Itaipu, que levam energia do norte e do sul para o sudeste. No caso do Itaipu, a usina fornece metade da sua energia para o Paraguai (50 Hz) e a outra metade para o Brasil (60 Hz). Essa operação ajuda a aumentar a segurança e a confiabilidade do sistema elétrico.
Contudo, nem toda energia é consumida pelo país vizinho, pois seu excedente é vendido para o nosso país. Como essa frequência diferente não pode ser diretamente incorporada ao SIN (Sistema Integrado Nacional), ela é retificada em estações conversoras e transmitida em correntes contínuas.
Ao chegar no estado de São Paulo, a frequência é convertida novamente para corrente alternada, em 60 Hz. Esse processo é feito para aumentar a segurança e a confiabilidade em todo sistema elétrico.
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