Se já acompanha a Polyexcel há um tempo, você pode ter percebido que, muitas vezes, citamos os polímeros naturais e sintéticos. No entanto, nunca entramos em detalhes sobre esses compostos e mostramos quão importantes eles foram para toda a humanidade.
Por outro lado, caso seja novo em nosso blog, você também não precisa se preocupar. Hoje, vamos explicar tudo do começo — afinal, é lá no começo de tudo que a história dos polímeros naturais se inicia, mesmo antes de o planeta ser o que conhecemos. Saiba tudo sobre os polímeros naturais a seguir!
A origem dos polímeros
Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, estudiosos acreditam que os polímeros existem em nosso planeta desde antes da própria vida em si. Para entender esse conceito de uma maneira mais clara, é importante entender o que são os polímeros, naturais ou sintéticos.
A definição direta do que é um polímero é bastante simples: uma macromolécula formada por partes menores, denominadas monômeros. Dessa forma, várias moléculas de um ou mais compostos químicos se unem e formam as macromoléculas que denominamos desta maneira.
Como há de se esperar, existem muitos compostos químicos, todos resultam das combinações dos elementos presentes na tabela periódica. Dessa forma, existem diversas combinações possíveis desses compostos, o que nos leva a ainda mais possibilidades de polímeros.
No entanto, nem todas as interações que conhecemos entre essas moléculas acontecem naturalmente. Na realidade, grande parte dos polímeros com que convivemos hoje são sintéticos, o que criou um imaginário de que eles são uma invenção nossa. Porém, é muito pelo contrário.
Polímeros naturais X polímeros sintéticos
Como adiantamos, os polímeros não partiram de um experimento humano. Por isso a classificação entre polímeros sintéticos e naturais é tão importante: ela nos ajuda a entender melhor quais são as origens desses compostos e como eles fazem parte da história da humanidade em si.
Os polímeros não só ocorrem naturalmente, como estão por toda parte. Tanto é que, mesmo antes da descoberta dos primeiros sintéticos e semissintéticos, já usávamos os naturais para diversos fins.
Robert Burford, professor emérito da Universidade de Nova Gales do Sul, distribui a interação de humanos e polímeros em três eras. A primeira era começou milhares de anos atrás, com o uso de fibras naturais e madeira, perdurando durante grande parte dos períodos históricos e pré-históricos.
Outro polímero natural conhecido foi descoberto entre os séculos XVI e XVII: a borracha. O uso das seringueiras só se tornou popular algum tempo depois, quando indústrias europeias passaram a utilizar o material e patentear as maneiras de fazer isso.
Contudo, durante esse período, uma invenção revoluciona a indústria polimérica: os primeiros polímeros sintéticos surgem. No entanto, eles ainda são caros para produzir, então se tornaram populares e substituíram os naturais apenas a partir da segunda metade do século XX.
Por que não usamos mais polímeros naturais?
Não há como negar que a popularidade dos polímeros naturais e sintéticos, nos dias de hoje, é bem diferente. Por mais que os compostos orgânicos ainda sejam utilizados em diversos lugares, a quantidade de polímeros sintéticos é tanta que o impacto dela sobre nosso planeta é uma das pautas mais discutidas da atualidade.
Então, por que houve essa mudança? Quando os polímeros sintéticos começaram a ser produzidos, os custos ainda eram altos, por isso novas tecnologias foram surgindo para favorecer essa novidade no mercado.
Dessa maneira, com novas tecnologias de produção e novos materiais sendo inventados, os compostos sintéticos se tornaram cada vez mais baratos. Por outro lado, polímeros naturais precisavam ser colhidos, transportados e, só então, passar pelo processo que os transformaria no produto final.
Por isso, o uso de materiais sintéticos foi crescendo exponencialmente, enquanto os polímeros naturais não seguiram o mesmo passo. Contudo, engana-se quem pensa que não utilizamos mais os materiais orgânicos. Existem vários exemplos de polímeros naturais em nosso dia a dia, como:
- borracha;
- celulose (usada para fabricar papel);
- látex;
- amido;
- quitina.
O futuro dos polímeros naturais
Apesar da ascensão clara e desenfreada dos materiais sintéticos, cada vez mais nos preocupamos com a quantidade de lixo que resulta disso. Com isso, também cresce a necessidade de buscar alternativas mais sustentáveis para os polímeros do nosso cotidiano.
Dessa forma, o debate sobre o uso de polímeros naturais volta à tona. No entanto, mesmo que seja mais sustentável, esse tipo de polímeros ainda vem da natureza, por isso é preciso ter cautela ao extraí-los. Além disso, os métodos de produção precisam ser verdes para que vejamos uma mudança satisfatória.
Por isso, cientistas estão explorando o uso desses polímeros de formas diferentes, integrando-os a materiais sintéticos biodegradáveis. Com isso, estamos cada vez mais perto de encontrar uma alternativa que preserve a natureza enquanto não gera um impacto ambiental tão grande mesmo com alta produção.
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REFERÊNCIAS
Robert Burford — Polymers: a historical perspective (2019)
Dorel Feldman — Polymer History (2008)